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  • Por: Márcio Botelho
  • Publicado em: 30 de março de 2022

A história por trás de Luna Maris

Desde 1972, quando a missão Apollo 17 encerrou seu trabalho de exploração no único satélite natural da Terra, nenhum ser humano visitou a superfície da Lua.

As idas à Lua aconteceram por pouco tempo: entre os anos de 1969 e 1972 foram sete missões com astronautas. Todas elas faziam parte do Programa Apollo, criado pelos Estados Unidos para tornar o país o primeiro a chegar à Lua.

Mas por qual motivo os Estados Unidos queriam ser o primeiro país a chegar na Lua?

Corrida espacial

Se você lembra das aulas de história do Ensino Fundamental, ou se já jogou Twilight Struggle, a resposta para a pergunta é clara: a Guerra Fria.

Entre 1945 e 1991 dois países se destacaram devido ao seu poder militar, econômico e político: os Estados Unidos e a União Soviética.

Ambos os países possuíam armamento nuclear e sabiam que se destruiriam em uma guerra direta. Como a disputa entre eles nunca “esquentou”, isso quer dizer, eles nunca lutaram diretamente, o período ficou conhecido como Guerra Fria. Já que a guerra não seria resolvida através das armas, a disputa acabou acontecendo em outras áreas como economia, política e tecnologia.

Em 1957 a União Soviética chegou ao espaço, com o lançamento do satélite artificial Sputnik-1. Quatro anos depois, em 1961, eles colocaram em órbita o foguete Vostok-1, que levou a primeira pessoa ao espaço, o cosmonauta Yuri Gagarin.

Já que os soviéticos largaram na frente na corrida espacial, os Estados Unidos mudaram o foco da disputa: chegar à Lua primeiro.

Após oito anos de intenso trabalho, erros e acertos, eles atingiram esse objetivo: em 1969 a Missão Apollo 11 foi bem sucedida e Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua.

Abandono Lunar

Mas por que depois de tanto esforço, as missões tripuladas à Lua pararam de ser feitas?

O custo elevado do programa espacial, os acidentes com vítimas fatais (como aquele envolvendo o ônibus espacial Challenger em 1986) e a percepção por parte da população de que investir em pesquisas aeroespaciais não traria nenhum benefício foram os principais motivos. Com o colapso da União Soviética em 1991, e o fim da Guerra Fria, a Corrida espacial parecia ter chegado ao fim.

Mas isso está começando a mudar.

De volta à Lua

Desde a década de 2010 o governo da China vem investindo em seu programa espacial e já anunciou que pretende enviar astronautas para a Lua. O recado do governo de Pequim é claro: o país é uma potência emergente no cenário global e quer mostrar toda sua tecnologia ao mundo.

Isso fez com que os Estados Unidos voltassem a planejar missões à Lua. Buscando parcerias com o setor privado, o que inclui empresas conhecidas pelo grande público como a SpaceX, o país já prometeu que vai voltar à Lua ainda na década de 2020. Um plano ousado e que colocou os olhos de muitos líderes mundiais no espaço.

Outros países como Rússia, Índia, Japão e os Emirados Árabes Unidos estão investindo em missões espaciais, foguetes e robôs para operar no Espaço, que passa a ser um campo fértil para o desenvolvimento de tecnologias de ponta em diversas áreas da Engenharia e da Física.

Mas o que gerou essa nova corrida espacial?

O desenvolvimento de tecnologias de alto valor, a exploração de recursos minerais presentes na Lua e o pioneirismo na ocupação do Espaço são algumas das razões que estão na lista de prioridades de países e empresas.

Por conta disso, a promessa é de que dessa vez as missões não serão apenas “visitas rápidas” à Lua, mas sim o estabelecimento de bases permanentes fora da Terra.

Um novo capítulo da história da exploração espacial está prestes a começar, e Luna Maris vai levar você para essa nova etapa!

Márcio Botelho

Raça: Humano. Alinhamento: caótico e bom. Classes: Historiador 6, Crítico literário 4 e Nerd 10. There's a starman waiting in the sky/ He'd like to come and meet us/But he thinks he'd blow our minds

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