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  • Por: Adriana Lemos
  • Publicado em: 13 de julho de 2020

Terraforming Mars

Desde pequeno o espaço me fascina. Filmes de ficção científica, livros e diversos jogos ajudaram a nutrir essa paixão que tenho pela exploração espacial.

A grandiosidade da tarefa, os desafios que se colocam no caminho para a humanidade se tornar uma espécie interplanetária, até mesmo a estética dos foguetes e dos trajes espaciais, fazem meu coraçãozinho nerd pulsar mais forte.

Isso faz com que eu, Márcio Botelho, seja um péssimo cara para falar de Terrafrming Mars, pois a minha paixão vai fatalmente arruinar qualquer esforço de análise objetiva.

Sendo assim, chamei a Adriana Lemos, a melhor jogadora de TM que eu conheço e uma expert em board games, para apresentar esse clássico para vocês.

AVISO: esse é o primeiro texto de uma série que a Adriana preparou para o reprint de Terraforming Mars no Brasil. Fiquem atentas e atentos, pois nos próximos dias veremos as outras partes dessa super análise.

Terraforming Mars: clássico moderno

Terraforming Mars está no meu top 3. Talvez seja o jogo que mais joguei nos últimos anos. Jacob Fryxelius é um game designer novato, com poucos jogos lançados, mas acertou em cheio e não só lançou um jogo sensacional como rapidamente criou várias expansões para esse sucesso. O jogo, lançado em 2016, já é ganhador de vários prêmios e um dos maiores recordistas de vendas de expansões no mundo.

Visão Geral

A premissa é que cada jogador controla uma corporação que executa diversos projetos com o objetivo de terraformar Marte. Esses projetos são realizados através das ações das cartas jogadas. Vence quem possuir o maior Índice de Terraformação (IT). Esse valor aumenta quando o jogador avança um parâmetro global (temperatura, oxigênio ou oceano). Porém ele não serve apenas para ganhar pontos no jogo, como também para determinar a renda de Megacréditos que cada jogador terá no início da rodada, chamada no jogo de geração. São os Megacréditos que garantem recursos suficientes para jogar as cartas de projeto.

O fim do jogo é alcançado quando os níveis dos três parâmetros globais de terraformação chegam ao máximo: oceanos no tabuleiro, oxigênio e temperatura. Todos eles são elevados coletivamente pelos jogadores ao longo da partida.

No início, os jogadores têm poucos recursos e é possível sentir a evolução das jogadas ao longo das gerações à medida em que são produzidos mais recursos e as habilidades permanentes das cartas são ativadas.

Fator Replay

As habilidades especiais de cada corporação, o gerenciamento de recursos e as ações das cartas proporcionam uma combinação de estratégias muito variada a cada partida. Apesar das várias expansões já lançadas que acrescentam novas cartas, jeitos de jogar e até mapa com uma nova configuração, a rejogabilidade do caixa básica é impressionante.

Confesso que o que mais me atraiu nele é justamente a alta rejogabilidade através dos combos de cartas e estratégias diferentes para se conseguir pontos de vitória de acordo com cada corporação, sem contar as várias expansões. Não à toa, testemunhei como esse jogo atraiu vários jogadores de card game que quase não jogavam board games, tornando-se um dos favoritos de muitos deles.

Adriana Lemos

Carioca perdida em São Paulo trabalhando na Playeasy há 8 meses. Jogadora de board game há 10 anos. Puxa saco do Pfister. Invicta em partidas de Terraforming Mars em solo paulista. Não come animais. Nunca recusa brownies.

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