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  • Por: Henry Albertin e Marcelo Biazin
  • Publicado em: 19 de junho de 2020

“Nossa, até que o cara é legal”

Essa foi a frase que ouvi alguém dizer em uma conversa de corredor quando estive em uma luderia. Aconteceu depois que finalizamos uma partida, e a pessoa em questão percebeu que apesar de eu pertencer ao mundo LGBTQ, eu era um cara legal.

Era óbvio que eu tinha passado por uma experiência de preconceito. Aquela situação que você é julgado pela capa, pelo seu jeito de ser, por suas preferências, por suas ações, altura, beleza, feiura, brancura, rispidez, magreza, volume, classe, posses, crenças… melhor parar, pois essa lista de estereótipos parece não ter fim…

Triste né? Mais triste ainda é ter consciência que esse tipo de situação acontece com bastante frequência, e em qualquer ambiente ou circunstância, seja na família, no trabalho, na faculdade, no shopping, no churrasco, no universo board game…

Ufa, achei por um momento que não estávamos mais falando de board game.

Por que estou falando disso aqui?

Porque eu Zin e o Tin, do TinZin Board Games, queremos dizer ao público LGBTQ, que são apaixonados por Board Games, que seus sonhos, nossos sonhos, são maiores do que isso.

Que se você tem algo que gosta de fazer e é importante para você, não deixe de proporcionar esse momento de felicidade a si mesmo. Mostre-se firme, determinado e não se abale. Demonstre respeito e aceitação próprios, que o respeito e a aceitação alheias se manifestarão. Tenha certeza que ser incomum é ser afortunado. Pois o incomum é sempre belo à sua maneira. E, vá para sua jogatina onde quer que seja, dê as caras.

Nós vamos continuar indo nas luderias, vamos sempre encontrar um meio, porque jogar é voltar a ser criança, resgatar lembranças e reviver momentos de nostalgia revigorantes. Afinal, quem nunca se inspirou pelo poema de Clarice Lispector “mais vale um jogo usado do que um meeple perdido”.

Hahaha (pesquisem o original!).

Voltando ao tema, poder enxergar o mundo através de olhos puros e inocentes novamente, sem preconceito, sem nuances, sem rótulos. E muito, muito COLORIDO, com letras maiúsculas, porque “colorido” é a representação mais fiel da nossa infância.

E não se envergonhe por isso, porque é possível ser adulto, sério, responsável e colorido.

Diversidade e Board Games

E se tem um mundo em que a diversidade LGBTQ pode se sentir à vontade, é o do Board Game. As diferenças desaparecem. Tem espaço para todo mundo, e todo tipo de pessoa. Percebem como “Diversidade” está para Board Game como está para Pessoas? Há muita semelhança.

Todas as características que citamos acima se encaixam, empatizam e entram em sintonia (calma gente, não vamos entrar no tema música, hahaha) entram em perfeita harmonia (melhor agora?).

E haja cores, uma piscina de bolinhas, não pera, um mar de piscina de bolinhas, nossa que complexo… hahaha.

E os meeples então! São de todas as formas e tamanhos, e nos mais variados temas.

É definitivamente amplo, vasto, a perder de vista. E queremos mais é que tenha variedade mesmo, que sejam ímpares. Porque é aí que está o encanto. Ninguém coleciona jogos repetidos, não é?

Interações humanas

Acreditamos ainda que a maior mágica que o mundo do Board Game proporciona é a interação, ninguém se importa se a pessoa é A, B, AB, C, CB, AC, só se importam com o desfrutar das jogatinas, fazer amizades inusitadas, das risadas fartas, ter ricas discussões sobre jogos favoritos e aproveitar o tempo.

Íamos citar Ozymandias de Shelley agora, mas vamos deixar para uma próxima oportunidade.

(Não pesquisem, vai perder o charme! Hahaha).

Por fim, refletindo sobre o início do texto, a frase: “Nossa, até que o cara é legal!” nos parece muito mais positiva do que negativa

Pois ela esclarece que o locutor, a princípio, teve uma percepção equivocada e se autocorrigiu quando se deu conta que era inadequada. Mudou suma mentalidade preestabelecida. E ainda fez propaganda dessa percepção positiva.

Isso só foi possível quando a Diversidade LGBTQ, antes desconhecida, misteriosa, incompreendida fez parte daquele momento vivido por ele em função da interação que o Board Game proporciona.

Portanto, vamos TODOS e TODAS jogar BOARD GAMESSSS!

É a solução dos conflitos! As divergências se tornam amizades, perspectivas se transformam, a inclusão social acontece, e a felicidade é garantida!

Afinal, ser feliz é o propósito!

Henry Albertin e Marcelo Biazin

Henry AlberTIN, sou natural de Campinas/SP, tenho 45 anos, sou formado em Publicidade e Propaganda pela PUC, e Marcelo BiaZIN, sou natural de Foz do Iguaçu/PR, me mudei para Campinas/SP em 2000, tenho 40 anos, sou formado em Comércio Exterior pela UNIP e pós-graduado em Marketing pela FGV. Amigos autoproclamados Boardgamers natos, jogos de tabuleiro tem marcado presença em nossas vidas desde a infância. Eurogames, Abstratos e Family/Party Games são nossos favoritos. Colecionadores ferozes de colecionáveis, acumuladores assumidos e críticos. Somos os idealizadores do perfil do Instagram TINZIN Board Games, cujo objetivo é demonstrar nossa paixão por jogos de tabuleiro, como nós os enxergamos e nossos pontos de vista, através de um perfil colorido, divertido e atraente. Nossos seguidores hão de se apaixonar e se desesperar... hahaha

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