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  • Por: Márcio Botelho
  • Publicado em: 26 de março de 2020

Cinco jogos solo para ter na sua coleção

Pessoas que não estejam habituadas a jogar boardgames, ou que não tenham jogado muitos, se surpreendem ao descobrir que existem inúmeros títulos no mercado que apresentam modos de jogo que suportam apenas um jogador. São os chamados jogos solo.

Por muito tempo os game designers e editoras ignoraram a necessidade de se disponibilizar um modo solo para os jogos de tabuleiro. Entretanto, em especial a partir da década de 2010, os jogos solo passaram a ocupar um importante espaço no mercado dos boardgames. Isso se explica, provavelmente, pelo fato de que muitos jogadores estão na faixa dos 30 aos 45 anos, o que os leva a terem diversas obrigações – trabalho, família, boletos – e uma maior dificuldade para alinhar a agenda dos diversos participantes.

Nessas condições, nada mais natural do que desenvolver jogos que conseguem proporcionar alto grau de diversão, mesmo que você tenha de jogar sozinho às vezes.

Curioso para conhecer jogos solo? Dá uma olhada nessa lista com os 5 melhores jogos solo que a gente preparou para você!

1 – Terraforming Mars

Criado por Jacob Fryxellus em 2016, Terraforming Mars continua recebendo expansões e sendo reimpresso até os dias de hoje. A temática de ficção científica, a necessidade de gerenciar diversos recursos e as variações trazidas pelas Corporações fazem deste jogo um clássico.

Em Terraforming Mars o objetivo dos jogadores é grandioso: transformar Marte em um planeta habitável. Para isso, eles terão de por em prática diversos projetos, representados por cartas, para poderem aumentar os níveis de oxigênio, a temperatura e o volume de água em estado liquido na superfície marciana.

O modo solo traz pouquíssimas mudanças no gameplay, o que é uma enorme vantagem para o jogador solitário. A grande mudança é a limitação de tempo: no modo solo a sua corporação tem apenas 14 rodadas, chamadas de gerações, para poder terraformar o Planeta Vermelho. Caso não consiga, sua corporação perde a “concessão” e todo seu trabalho é desperdiçado.

2 – Scythe

Mais um jogo de 2016 na nossa lista. Scythe, criado por Jamey Stegmaier e belamente ilustrado por Jacub Rozalski, transporta os jogadores para uma versão alternativa e terrível dos anos 1920. No mundo de Scythe, 5 facções disputam o poder em uma Europa Oriental destruída pela guerra, cheia de mechas (robôs gigantes) retrô-futuristas e com escassez de alimentos e matéria-prima.

Em termos de regras o jogo trás uma jogabilidade assimétrica, com cada facção possuindo forças e fraquezas. O núcleo do jogo é a necessidade de equilibrar a produção de recursos e as unidades militares, pois nesse equilíbrio entre a fazenda e o campo de batalha que mora o sucesso.

Na versão solo, o jogador deve selecionar sua facção e, em seguida, selecionar qual das facções inimigas ele vai enfrentar. Deste ponto em diante as decisões do adversário, o “Jogador Automa”, serão geridas por um baralho composto de cartas que determinam as suas ações. O jogo se torna um pouco mais longo do que em uma partida para dois jogadores, pois o jogador solitário deverá executar as ações do adversário. No entanto, prepare-se para enfrentar um adversário agressivo e que pode lhe surpreender!

3 – Newton

Primeiro jogo histórico da nossa lista, Newton, criado por Simone Luciani e Nestore Mangone, originalmente lançado em 2018, é um eurogame que se passa no século XVIII. Cada um dos participantes deve contribuir para o progresso da ciência em meio a Europa do Iluminismo. O ambiente acadêmico é acirrado e por isso a ajuda dos grandes mestres pode ser o segredo para o sucesso.

Durante as seis rodadas os jogadores deverão gerenciar as ações utilizando a mesa de trabalho, um tabuleiro de jogador. Entre as ações também poderão organizar sua biblioteca, alocar trabalhadores, gerenciar recursos e tentar se tornar o cientista de maior destaque. A jogabilidade é simples, porém a grande quantidade de meios para pontuar torna cada partida em um momento único.

O bacana do modo solo de Newton é que assim como no caso de Terraforming Mars, o jogo base não sofre nenhuma alteração significativa. Você terá de buscar o máximo de pontos de vitória durante as seis rodadas, para assim atingir a maior glória acadêmica possível. Com 50 pontos você não passa de um Escriba; já com 100 você é considerado um Iluminado.

4 – Cartógrafos

Este excelente jogo nacional, de autoria de Jordy Adan e lançado em 2019, é um pequeno notável: ele suporta de 1 a 100 jogadores simultaneamente! No contexto de Cartógrafos, os participantes são cartógrafos enviados pela Rainha Gimnax para mapear os territórios reivindicados pelo seu reino. Ganha aquele que fizer o mapa mais completo, tornando-se assim o cartógrafo de maior reputação.

A jogabilidade é bastante simples. Durante 4 estações, compostas de diversos turnos, os jogadores: revelam cartas de exploração que trazem instruções de como desenhar na folha de mapa (uma folha quadriculada possuída por cada jogador); desenham no mapa seguindo as instruções; fazem a verificação para saber se devem seguir para a próxima estação.

No modo solo as coisas seguem praticamente iguais. Assim como em Newton, você terá uma tabela com a escala de pontos, o que vai lhe dar uma dimensão exata do seu desempenho como um cartógrafo solitário a serviço da rainha.

5 – Teotihuacan: city of gods

Mais um jogo com temática histórica na nossa lista. De autoria de Daniele Tascini, e originalmente publicado em 2018, este jogo se destaca pelo alto grau de complexidade e desafio. Teotihuacan é o nome de um gigantesco complexo arqueológico localizado no México. Algumas das mais bem preservadas pirâmides mesoamericanas encontram-se neste lugar, bem como murais e construções milenares que atraem turistas do mundo todo.

Durante uma partida de Teotihuacan os jogadores irão coordenar a construção da cidade. Será necessário gerenciar trabalhadores, adorar os deuses da cidade, coletar recursos e executar ações que levem ao embelezamento e ao progresso da grandiosa cidade. A partida chega ao fim quando ocorre um Eclipse – pontuação – momento no qual o disco negro se sobrepõe ao disco branco do calendário e se procede para a contagem dos pontos.

Semelhante ao Scythe, o modo solo deste jogo conta com um jogador artificial, chamado aqui de Teotibot, que vai simular as ações de um segundo jogador. Esse modo de jogo é mais indicado para jogadores experientes, pois ele exige o conhecimento profundo das regras e a necessidade de gerenciar as ações do “bot”.

Jogos solo são muito divertidos e uma excelente opção quando você não pode se reunir com os amigos para jogar.

Você já jogou algum destes jogos em modo solo? Tem alguma sugestão de jogo solo para a gente?

Conta aí!

Márcio Botelho

Raça: Humano. Alinhamento: caótico e bom. Classes: Historiador 6, Crítico literário 4 e Nerd 10. Tentando descobrir como vencer os Marqueses no Root!

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